segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Alegre ao vento

Não há necessidade nenhuma de o dizer, mas nutro simpatia e apreço por Manuel Alegre. Num tempo de demasiados cinzentos é sempre estimulante ver alguém que aponta os pretos e os brancos. Mas nem só de ousadia, ou teimosia e ganância, neste caso, se faz a história, ou o poema. A entrada extemporânea de Alegre na corrida presidencial dá a nítida sensação do corredor de meio fundo que saltou antes do tiro de partida. Fez depropósito e desestabilizou o resto do pessoal que estava na linha de partida. Mas agora é óbvio que vão todos ter que partir outra vez. Inclusive o próprio. Olhando as notícias, as acusações e subentendidos, que correm por aí nestes dias fica-me uma sensação de nostalgia pelo sistema das primárias americanas. É que no caso português serviria para esclarecer muitas dúvidas. Depois há a questão da esquerda ou das esquerdas nacionais, mas isso é matéria para outros posts. Para já esperamos que Alegre volte à linha de partida.

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