quinta-feira, 19 de julho de 2018

Café Royal LXXXI

Sociedade

Criar a SATA foi um gesto de enorme audácia. Um pequeno grupo de empresários, firmes na ideia de uns Açores centrais no Atlântico, imaginou a companhia como um instrumento ao serviço da região. A designação Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos não foi uma imposição burocrática, foi uma opção consciente dos seus fundadores, afirmando, desde logo, o papel fundamental da empresa, que seria mais do que uma mera companhia de transporte aéreo, mas sim um veículo ao serviço do desenvolvimento da sociedade açoriana. A politização/partidarização da companhia, desde 1980, e consequente quebra desse desígnio, levou ao estado moribundo em que esta se encontra. A SATA é hoje um desastre financeiro, operacional, laboral e político. É, por isso, obrigação do Governo Regional agir de forma afirmativa e transparente na resolução destes problemas em prol da salvação da empresa. Desenhar e cumprir um plano de saneamento financeiro. Dar a gestão operacional da empresa a verdadeiros especialistas em aviação. Negociar um acordo de empresa que inclua os trabalhadores na defesa da mesma. Clonar presidentes, ao sábado de manhã, numa política de mais do mesmo, não é certamente uma solução…  
 

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