Num quase acto de contrição confesso que fui, no início, muito céptico em relação a Jorge Jesus. Muito da atitude do técnico me incomodava e admito o censurável snobismo de basear a minha avaliação não tanto nos méritos desportivos mas antes nos deméritos oratórios. É claro que não se ganham campeonatos com discursos, mas num desporto de senhores convêm sentir alguma distinção na pose. Depois o célebre episódio do foda-se na conferencia de imprensa de apresentação do treinador não ajudou a formar uma opinião melhor do que o preconceito. Mas, mais uma das maravilhas do futebol, no campo tudo se transformou. Jornada após jornada, jogo após jogo, o futebol do Benfica de Jesus obrigou-me a converter a minha opinião e a entrar no rol dos convictos apóstolos deste Mister. O jogo de ontem com a Naval foi mais um ponto de exclamação no auto de vitória de Jorge Jesus e, estou em crer que amanhã em Liverpool, mais uma página histórica será escrita neste novo Benfica, herdeiro de outros Benficas, que nos enche o coração. É bom gostar de futebol assim.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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