A História está atulhada
de casos em que ditadores são eleitos por via democrática. Talvez o mais famoso
de todos seja o da eleição livre que fez do Partido Nazi o mais votado do
Reichtag alemão em 1933 e a subsequente nomeação de Hitler como Chanceler. Este
é, aliás, um caso de estudo sobre como por via do discurso e do contexto as “massas”
são manipuladas pelos políticos, condicionando-lhes as escolhas. A chave para
este problema está na capacidade de cada cidadão compreender e interpretar o
discurso político de forma a fazer escolhas educadas. Quanto mais cultas e
conscientes forem as pessoas, melhores serão as democracias. Após a eleição de
Trump tem sido amplamente debatida a influência da chamada “manipulação Russa”
e o papel das redes sociais no condicionamento emocional dos eleitores. O mais
recente episódio é a revelação de que uma empresa de análise de dados recolheu
e tratou abusivamente os perfis de 50 milhões de subscritores da rede social
Facebook para influenciar o resultado das eleições. O mais surpreendente neste
caso não é a manipulação em si, mas o facto de o ónus estar a ser colocado no
próprio Facebook. Culpar a rede social é o mesmo que culpar a impressora ou o
papel pelo conteúdo do Mein Kampf!
Liberdade de imprensa: para além dos rankings
Há 11 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário