O eufemismo é uma figura
de estilo utilizada para mascarar uma determinada ideia com outra mais suave. “Ir
para o céu” é, obviamente, um eufemismo para dissimular o facto de morrermos e sermos
enterrados. Na política, o eufemismo é uma forma de arte. Em conferência de
imprensa, o Presidente e Vice-presidente do governo anunciaram uma reforma do
sector público empresarial da região sob a forma de alienação, extinção e
desvinculação. Reforma é, claramente, um eufemismo. Mas, o que é importante
questionar é porque razão é o Partido Socialista que privatiza e extingue, sem
critérios claros, uma parte das empresas públicas da região, para, por um lado
engordar a mão do estado e, por outro, ofertar os anéis aos mercados? E, ainda
por cima, sem aviso prévio ou mandato, porque a verdade é que em nenhuma página
do seu programa eleitoral e de governo surgem as palavras alienar; internalizar
ou desvincular. Aliás, as palavras vender e extinguir apenas surgem na pág. 51
– “vender” melhor o peixe – e pág. 1
– “extinguir” o Ministro da República.
Mais, na pág. 16, o que o governo se propõe fazer é: “valorizar o exercício da função de acionista/proprietário da Região
através da melhoria dos mecanismos de controlo[…]”.
Retomando a conversa
Há 16 horas
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