O mais profundo falhanço
da autonomia regional mais, até, que a criação de um modelo de desenvolvimento
sustentável é o falhanço da ideia arquipelágica. Nenhum governo, nenhum partido
político, conseguiu dar Açores às nove ilhas do arquipélago. As ilhas vivem
desirmanadas, conflituadas entre si, constantemente em birras e ciúmes. E hoje,
mais do que nunca, essa inveja agudiza-se. O Pico quer um avião igual aos de
São Miguel. O Faial quer uma pista (que todos sabem ser inviável, mas que
cinicamente querem ver construída pelos dinheiros da República, no que seria um
dos maiores crimes financeiros e ambientais alguma vez visto na região…) onde
não haverá aviões. A Terceira quer portos onde não atracarão barcos. E todos,
do Corvo a Santa Maria, querem ser como Ponta Delgada que, coitada, não sabe
bem o que quer ser. A tão apregoada Autonomia Regional não é mais do que uma
expressão vazia para uso da retórica política, porque a nossa realidade hoje é
a de nove calhaus isolados, de costas voltadas uns para os outros, chorando as
mágoas e as dores da inveja alheia. Açores? Isso não existe!
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Há 12 horas
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