Tudo normal,
Vivemos as semanas dos Planos e Orçamentos. Pela República,
Centeno e Costa multiplicam-se no deve e haver das negociações e no
toma-lá-dá-cá das reivindicações. Por cá, ao que sabemos, pelas notícias e
pelos Facebook dos deputados, no meio das fotos narcísicas deles próprios, lá
foi aprovado, na Horta, mais um Plano e Orçamento para a Região. Passam os anos
e os planos e aquilo que devia ser um documento fundamental para a governação
transformou-se numa praxe banal que enche o cidadão comum de tédio e enfado. Na
verdade, qualquer um consegue intuir facilmente a vacuidade cada vez maior
destes documentos, feitos em copy paste de um ano para o outro,
agravados pela não execução e pelas cativações. Formatados os Words e os
quadros de Excel, cheias as pens, pelos tarefeiros de serviço, o
documento é depois salteado nas frigideiras dos parlamentos, acrescentando-se-lhe
meia dúzia de temperos avulsos, à esquerda e à direita, ou ao estilo da Madeira
ou da Terceira, até se apurar uma requentada roupa-velha. Já a seguir é Natal,
o Centeno há de ir-se embora e por cá teremos mais umas eleições. Tudo normal,
dentro da anormalidade…
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