Não existem
muitas instituições que representem, verdadeiramente, os Açores. Mais
importante ainda, são poucas as instituições que se identificam, realmente, com
o arquipélago e as suas gentes e que dão dimensão a estas nove ilhas dispersas
no mar. Se tirarmos as religiosas, então, ainda menos. E, se pensarmos que
vivemos um tempo em que as instituições políticas se desconsideram aos olhos do
povo, e em que a Universidade se dilui em contas de mercearia, resta quase nada
a que todos os açorianos, daqui e de lá, possam dizer, em conjunto, que é seu e
de todos. Resta, talvez, a RTP-A e a SATA. Porém, hoje assistimos, com dor, ao
progressivo e diário desmoronar das duas. No caso da SATA, que vive um drama
que não é de agora, urge iniciar a sua salvação e não é só pela parte
financeira ou comercial, mas sim laboral. A forma como foi gerido o quadro de
pessoal da empresa, desde a admissão de familiares à promoção e despromoção de
quadros, que depois se mantêm na empresa, passando por acordos feitos com fito
eleitoral, criou um autêntico pandemónio na gestão, transformando cada
funcionário da companhia num verdadeiro “saco de ressentimento”. Sem primeiro
haver paz social na companhia nada poderá ser resolvido. E, não creio que
ninguém com responsabilidade, política e de gestão, queira ficar na História
como o coveiro da SATA e das famílias que dela dependem, sejam seus
trabalhadores ou todos nós - açorianos.
Profissionais da indignação
Há 2 horas
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