É verdadeiramente
paradoxal que, tendo como força motriz a crítica à globalização, os movimentos “populistas”
estejam, agora, a globalizar-se. Paradigma desta tendência é o nosferatiano
Steve Bannon. O estratega da eleição de Trump, que abandonou a Casa Branca por
achar que este tinha capitulado face aos interesses da alta-finança
internacional, lançou-se numa campanha global, da Europa à América Latina, de
exportação dos seus ideais nacionalistas, protecionistas e xenófobos. Não será
fácil combater estes movimentos, como fica demonstrado pelas eleições
americanas de terça-feira passada, em que os candidatos trumpianos seguraram o
Senado e mesmo a “vitória” dos Democratas para a Câmara dos Representantes foi feita
à custa do que, simplisticamente, podemos chamar de “populismos de esquerda”. Talvez
o primeiro passo seja identificar o que une todos estes grupos, da extrema-esquerda
à extrema-direita. Estou em crer que o que está por detrás destes fenómenos é a
Intolerância! Aqueles que acreditam na Democracia terão que começar por aí:
pela defesa intransigente dos valores da Tolerância e da Liberdade. Sob pena de
o nosso futuro ser de completa e ultrajante subjugação a um incomensurável
número de ínfimas tiranias.
Liberdade de imprensa: para além dos rankings
Há 10 horas
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