Estar à altura
As previsões são unânimes e os números, na queda do PIB e no
aumento vertiginoso do desemprego, avassaladores. Esta crise, sufocante e sem
prazo, que se está a abater sobre nós, como um nevoeiro denso e escuro que se cerra
até ao chão, será a pior dos últimos 100 anos e obriga-nos, a todos, a estar à
altura da situação. Turismo e Aviação, dois sectores irmanados e instrumentais numa
região insular e improdutiva, vivem hoje um verdadeiro estado de desgraça. Perante
esta calamidade, não é tolerável que não se vislumbre já qual a estratégia do
Governo para o futuro da SATA. Não é, igualmente, aceitável que não se veja já uma
acção assertiva e concertada na defesa intransigente da oferta turística da
região. O momento exige a criação de um Gabinete de Crise, com dotação
orçamental robusta e que ilha a ilha, empresa a empresa, atente à sobrevivência
daquilo que é hoje um variado, dinâmico e relativamente qualificado sector turístico.
Caso contrário, quando e como a retoma se der, na região só subsistirão ruínas.
E não é, certamente, com cheques pequeninos, de €150 por ilhéu viajante, que se
vão salvar da extinção as muitas empresas, pequenas e grandes, que são o
coração vivo do Destino Turístico Açores…
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