É quente,
melado, quase colante. É vagaroso. Líquido, como as águas. Agosto é o mar, de
águas tépidas e banhos. Lentos banhos de mar em águas translucidas, marinhas.
Os corpos flutuando na linha da maré, a pele salgada de um dia para o outro
quando dormimos com as ondas no corpo, o balanço sincopado das ondas embalando
os sonhos nas noites cálidas de Agosto. Os dias tépidos, transpirantes, de luz
difusa e o sol incandescente brilhando na areia das praias, brilhando nas gotas
de água gotejando da pele bronzeada. Os infinitos por-de-sol em horizontes
espalhados de cor, cores ardentes de fogo celeste e da atmosfera da terra e do
omnipotente sol de Verão. Agosto de vagar, de amigos, de copos, cervejas e
mariscos. Garrafas geladas de vinhos brancos do Pico. Peixes frescos grelhados.
A beleza do mar nos nossos paladares saciados, deleitados. Agosto de redes
baloiçando no balanço da brisa abrigada na sombra do metrosidero e do som das
ondas quebrando ritmadamente nas rochas esquecidas. Agosto de regressos e
reencontros, de voltas e passeios. Retornos à primeira felicidade da infância,
a memória iluminada das férias grandes em que trepávamos árvores gigantes e nos
vestíamos em fatos de areia negra quente. Ah! Agosto. Esse querido mês de
Agosto. Esse gosto de gostar de Agosto…
Profissionais da indignação
Há 2 horas
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