Não se deixem subordinar pelas compras, as prendas, os laços e os embrulhos. Ofereçam sentimentos. Ofereçam-se, em gestos, emoções e comprometimento. Comprem ingredientes, ingredientes que se possam imbuir de amor e partilha e felicidade. Fujam do bacalhau e do peru, escolham borrego, perna de borrego, como se fosse Páscoa (só para chatear o Natal). Rosmaninho, alho e limão e tempo no forno lento com sal e pimenta a gosto. Fujam das batatas que são chatas. Celebrem o arroz, basmati, com pistachios ou pinhões, ou só aromatizado com manjericão ou coentros ou cominhos. Escolham cervejas! Deixem descansar os vinhos, os vinhos estão sempre em todas as mesas em todas as festas. Bebam cervejas, espumantes e champanhes (soltem gazes, mesmo que às escondidas). Inventem licores com álcool e sabores. Façam com que todas as sobremesas sejam gelados, como se fosse verão e o calor estivesse dentro de nós. Convidem os amigos, a verdadeira família são os amigos, dentro ou fora da família… Não sejam cínicos nem hipócritas. Ofereçam meias aos irmãos e livros aos primos afastados. Encham um frasco com uvas e aguardente e comam as uvas na passagem de ano, em vez das passas que são monótonas. Ou então, esqueçam o Natal e existam, realmente…
in Açoriano Oriental
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