Sou livre? Mais de
quarenta anos depois do 25 de Abril, façamos, a cada um de nós, essa pergunta. Seremos
realmente livres? Criamos uma sociedade subjugada ao peso de inúmeras
responsabilidades, de infinitas hierarquias, poderes discricionários e
dependências. Estamos viciados na inexorabilidade do tempo, de datas fixadas em
calendários comerciais e deixamos tudo correr, de dia em dia, de factura em
factura, de Natal em Natal. Cabisbaixos, na letargia dos compromissos, vamos executando
ordens, submissos à ditadura dos automatismos do sistema. Ditadura das
prestações e dos saldos bancários. Ditadura dos filhos e da escola. Do
trabalho, dos chefes e patrões. Da desconfiança e da inveja. Da Autoridade
Tributária. Dos chicos-espertos, dos aldrabões, dos corruptos, dos
desavergonhados e dos que sucumbem ao medo. 40 anos depois de Abril vivemos numa
democracia amordaçada pelo dinheiro e pelos que o manipulam. A liberdade é uma inquietude
permanente, um esforço diário, uma luta com o mais íntimo de nós e com o que
nos rodeia. Um fio de prumo na balança entre o bem e o mal, na dicotomia das nossas
escolhas. Reconquistemos a Liberdade, é tempo de resgatar a liberdade! A nossa
e a dos outros, para nós e para os outros, antes que seja tarde de mais…
Profissionais da indignação
Há 2 horas
1 comentário:
O meu aplauso! Ab
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