Recentemente, e bem, o Governo
dos Açores declarou querer reclamar para si uma mais ampla intervenção na
gestão do Mar, ciente certamente do enorme poder que os recursos marinhos representam.
Só que, como diz o velho aforismo, “com
grande poder vem grande responsabilidade”. De todos os recursos à
disposição no oceano, aquele que desperta maior cobiça é a mineração profunda,
uma indústria tão futurista que os seus reais impactos, tanto no meio ambiente
como na sociedade, são, ainda, em larga medida, uma incógnita. Quando o Governo
Regional exclama que quer governar o Mar tem a obrigação de, ao mesmo tempo,
dizer claramente como e para quê. Exige-se um debate transparente sobre que
intenções existem nesta matéria e uma rigorosa avaliação dos seus impactos. Seja
nos ecossistemas. Na migração dos grandes cetáceos. No tipo de infraestruturas de
apoio que são necessárias em terra. Ou, quais os seus impactos, por exemplo, no
Turismo? Olhar para o azul do mar como uma espécie de El Dorado é correr o
risco de nos afogarmos numa nova febre do ouro…
quinta-feira, 14 de junho de 2018
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