O fim era tão
inexoravelmente previsível que quando a notícia surge a gordas já não provoca
espanto. “SINAGA vai ser arrasada e
espaço deverá ser loteado” dizia a manchete. Os Açores sofrem, desde
sempre, de uma doença crónica: a “síndrome do desenvolvimento sustentável”.
Todos os estudos são unânimes em apontar a diversificação, a especialização e
produtos de valor acrescentado como o único caminho a seguir. E estas
“guidelines” são válidas para todos os sectores. Seja no Turismo, na
Agricultura, na Ciência ou na Cultura. Mas, o que o fim dantesco da saga da
SINAGA vem provar é que a Região, como um todo, não é capaz de seguir nenhuma
delas. Não soubemos diversificar, não soubemos criar valor acrescentado e vamos
arrasar uma indústria histórica para construir uma urbanização incaracterística,
num gesto de completo e inadmissível desrespeito pelas pessoas, pela memória e,
acima de tudo, pelo Futuro. Citando Joni Mitchell, pavimentaram o paraíso e
construíram um parque de estacionamento. Provavelmente até terá uma rua com os nomes
dos responsáveis por esta política em que tudo é descartável…
quinta-feira, 7 de junho de 2018
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