Durante duas semanas o
mundo parou, numa comoção global pelo dramático enredo dos 12 rapazes, mais o
seu treinador de 25 anos e ex-monge budista, encurralados numa gruta na Tailândia.
Assistimos, no nosso remanso, a intermináveis directos televisivos, ouvimos
especialistas em várias ciências e técnicas, desde espeleologistas, a
mergulhadores e psicólogos, observamos cuidadosamente as infografias da gruta
de Tham Luang, escutamos atentamente as conferências de imprensa do governador
da província de Chang Rai, Narongsak Osatanakorn, com o seu boné azul, lenço
amarelo e sorriso desconcertante. E o mundo foi tomado por uma onda de profunda
compaixão por aquele grupo de miúdos. Compaixão é o acto de partilhar ou entender
o sofrimento ou a dor de outra pessoa. Guiados pelas televisões de todo o mundo,
desde a CMTV à CNN, foi esse o sentimento que partilhamos por aquele
desafortunado conjunto de jovens, finalmente salvos para gáudio generalizado do
mundo dito civilizado. Talvez agora as câmaras, e a nossa compaixão, se possam
virar para os milhares de seres humanos que todos os dias encaram a morte,
flutuando à deriva, no mar mediterrâneo…
quinta-feira, 12 de julho de 2018
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