Enquanto a promoção turística dos Açores vai agonizando, o Governo Regional entretém-se a rever o seu Plano de Ordenamento Turístico. Nas quase 400 páginas do relatório preliminar do POTRAA, como é afectuosamente conhecido, elabora-se, em jargão universitário, sobre o estado actual do turismo, os seus impactos no território e a sua evolução. Desde logo, há uma enorme falha neste documento que é a ausência de uma definição clara sobre o que é a região como Destino. A expressão “matriz identitária” é repetida ao enjoo, mas nunca nos é explicada que matriz é essa. A Natureza, que já foi viva e depois intacta, agora é exuberante e “vivenciada”, mas nunca nos é dito se esta exuberância é a da uva da serra ou do novelão. Insiste-se, à exaustão, na “Qualidade”, mas nunca nos é dito o que isso é, como e quem a define e com base em quê. E o absurdo vai ao ponto de se estabelecerem normas, como é o caso do estapafúrdio AL +, sem que sequer esteja definido o que isso será. Mas, ao menos, este Plano é optimista. Acredita que o Turismo na região vai continuar a crescer, se bem que nunca explique como. É, assim, tipo, uma fezada. Não sabemos é se a Fé também traz turistas…
in Açoriano Oriental
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