Na semana passada, um
canal de televisão revelou um alegado caso de favorecimento, na venda do
Pavilhão Atlântico, a um conhecido empresário de festivais de música que, dá-se
o caso, é, também, genro de Cavaco Silva. Este caso seria amendoins ao pé do
fervor vendilhão do governo de Passos Coelho, que até a EDP vendeu aos chineses.
Porém, o facto de a Ministra responsável por tal alienação ser Assunção Cristas
torna-o relevante à luz da política de hoje, em que a Direita portuguesa se vê
a braços com uma luta de poder inédita, pontuada por várias forças políticas,
longe dessa hegemonia bicéfala entre PPD e o “partido do táxi”. Confrontada com
este caso mediático, que lhe poderia fazer mossa em plenas pré-campanhas
eleitorais, Cristas fez uma fuga para a frente e apresentou uma Moção de
Censura ao Governo, que foi absolutamente vazia, fútil e irrelevante. Este é
apenas mais um triste episódio na já longa novela do descrédito do nosso
sistema político-partidário, com partidos cada vez mais autocentrados e
preocupados exclusivamente com a sua sobrevivência de curto prazo. Resta saber
quando e como é que o eleitorado vai, finalmente, reagir à cupidez dos partidos
políticos…
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
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