quinta-feira, 27 de junho de 2019

Café Royal CXXX


Superávit

Benjamin Franklin dizia que “para não seres esquecido depois da morte, escreve algo que mereça ser lido ou faz algo que mereça ser escrito.” Actualmente, poucos são os que se importam com o legado que deixam das suas vidas. Perpassa-nos a impressão de que tudo está gravado na pedra-pomes das redes sociais e que essa vaga e electrónica impressão digital se eternizará na nuvem do algoritmo. Pode parecer inadequado misturar os pequenos políticos de hoje em dia com esta ideia maior de um devir histórico universal, tão emaranhados eles estão nas fugazes manchetes e nas politiquices do dia-à-dia. Porém, a política não devia ser outra coisa que não fosse a permanente ambição de uma sociedade melhor, mais próspera e mais justa. E esse deveria ser o legado dos grandes políticos. A História, aquela que se constrói para lá dos idióticos mestrados e doutoramentos tirados com minudencias estatísticas, faz-se dos feitos dos homens e das suas grandes acções, que tornam a Humanidade, e o nosso Mundo, em algo maior. E não com o Superávit ou outras artimanhas contabilísticas. O único ministro das finanças que ficou para a História foi Salazar e não foi pelas melhores razões…


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