Ah, o Amor!
Precisará o amor de um dia? Ou de um Santo? Precisará o amor
de uma celebração anual, revestida de montras repletas de peluches, chocolates
e lingeries de melhor ou pior gosto? Se o amor for só comércio, o coração não
será mais do que uma caixa registadora. Amor é dádiva, não é penhor. Amor não é
cambio, nem valor. Não, o amor não se vende, não se materializa num qualquer cartão
colorido, nem num ramo de flores, mesmo que sejam rosas. O amor é transe, não é
transacção. O amor é um olhar, um ensejo, é a doce ternura de um beijo, um leve
toque de mão. O amor é uma borboleta no estômago e um sorriso. Uma vergonha
tímida e uma coragem gigante. O amor é um arrebatamento súbito e uma promessa
para a vida. O amor é desapego. O amor não tem horário, nem dia no calendário.
O amor não tem um dia, amor que é amor é-o a cada dia. O amor não se celebra
uma vez por ano como se fosse um feriado, ou uma pausa, ou o “meter um Artigo”.
O amor é um instante de luz que cega e espanta. O amor é uma chama que nunca se
apaga. E, é preciso cuidar do amor em cada momento, dia-a-dia e sempre, todos
os dias do ano, até ao último sopro da vida.
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