Da saúde pública
Há vários meses que São Miguel está a braços com uma gravíssima
e continuada crise de saúde pública. Uma crise não só extremamente penalizadora
para a saúde e o bem-estar das populações como, também, para a economia, o
turismo e a imagem exterior da região no seu todo. Não me refiro à já omnipresente
e insuportável Covid, mas aos elevadíssimos níveis de Escherichia coli e
Enterococos intestinais que, desde Junho, têm sido detectados numa grande variedade
de zonas balneares da ilha com particular, e atrevo-me a dizer vergonhosa,
incidência nas do concelho com melhores praias da ilha, Vila Franca do Campo. Ao
ponto do Ilhéu, esse ícone maior da nossa proximidade entre a terra e o mar,
estar desde 22 de Junho com, intermitentemente, a água imprópria para banhos. Diga-se,
que o nível considerado óptimo de e-coli é de menos de 15 e o Ilhéu chegou a ter
níveis acima de 7000! A tudo isto, os responsáveis, em lugar de assegurarem os
equipamentos imprescindíveis à garantia da saúde pública, respondem ora com um
ominoso silêncio ora com cocó de gaivota. E, enquanto isso, a magnânima Autoridade
de Saúde entretém-se a analisar troços de rally e o Presidente do Governo a
fazer de constitucionalista e de director de colégio interno…
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