Dos resultados
Ao “p’rá frente é que é caminho!”, do PS, os eleitores
responderam com “pare, escute e olhe”. Infelizmente, Vasco Cordeiro, ainda em
choque, surgiu na noite eleitoral com a arrogância autista de quem se recusa a
compreender que, com menos 5 deputados do que em 2016 e menos 12 mil votos do
que em 2012, o PS não podia reclamar vitória nem arrogar-se ares do habitual “quero,
posso e mando”. O que foi dito pelos cidadãos não foi uma maioria de direita, ao
contrário de alguma euforia imediatista dalguns jovens vampiros sedentos de
sangue socialista, mas uma votação massiva no Bloco Central. O que Cordeiro
deveria ter dito no domingo, recusando fantasmas na sua retaguarda, era que
tinha ouvido as pessoas. E, com humildade, ligar a Bolieiro, propondo um pacto
de regime autonómico, que permitisse aos Açores navegar, com estabilidade
parlamentar, o furacão económico e social que aí vêm. O resto são uma minoria
de esquerda a 27 mais o PAN, que ninguém sabe o que é, ou outra minoria de
direitas com 28 deputados, mas onde um dos pés desse periclitante andaime é o extremismo
nacional-populista do Dr. Ventura. No meio, onde se senta a virtude, a IL, que pode
e deve liderar a oposição, seja qual for o governo que vier a tomar posse.
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