Superávit
Benjamin Franklin dizia que “para não seres esquecido
depois da morte, escreve algo que mereça ser lido ou faz algo que mereça ser
escrito.” Actualmente, poucos são os que se importam com o legado que
deixam das suas vidas. Perpassa-nos a impressão de que tudo está gravado na
pedra-pomes das redes sociais e que essa vaga e electrónica impressão digital se
eternizará na nuvem do algoritmo. Pode parecer inadequado misturar os pequenos
políticos de hoje em dia com esta ideia maior de um devir histórico universal,
tão emaranhados eles estão nas fugazes manchetes e nas politiquices do
dia-à-dia. Porém, a política não devia ser outra coisa que não fosse a
permanente ambição de uma sociedade melhor, mais próspera e mais justa. E esse
deveria ser o legado dos grandes políticos. A História, aquela que se constrói para
lá dos idióticos mestrados e doutoramentos tirados com minudencias
estatísticas, faz-se dos feitos dos homens e das suas grandes acções, que
tornam a Humanidade, e o nosso Mundo, em algo maior. E não com o Superávit ou
outras artimanhas contabilísticas. O único ministro das finanças que ficou para
a História foi Salazar e não foi pelas melhores razões…