A Era do Vírus
Completámos, nestes “idos de Março”, o ano um da Era Covid. Já
antes o bicho se remexia nas entranhas orientais de Wuhan, mas estava demasiado
distante para que dele déssemos conta. Depois, a peste começou a atacar em
Bergamo, aí já suficientemente ocidental e vizinha para que os alarmes
mediáticos zunissem com sonora histeria. Então, primeiro numa fábrica do norte,
depois na figura de um reputado banqueiro, o bicho aterrou em Portugal, com
honras de telejornal, tanto que nunca mais de lá saiu. Logo aí, a dupla
ditadura do fascismo sanitário e estatístico abateu-se, como uma tempestade
inclemente, sobre nós. A nossa vida foi abalroada pelas imposições do R(t), do
x por 100 000, das curvas e dos planaltos, dos RT-PCR e das UCI e esse
surreal e doloroso número de 12(!) Estados de Emergência. E, de tudo isto, o
que fica é a aflitiva angústia de que, à custa de um vírus que afeta pouco mais
de 7% da população, que matou 2% dos que infetou, que representa, aliás, menos
de um oitavo do total de óbitos no país, condenámos liminarmente à morte todo
um modo-de-vida e as mais básicas e primordiais das liberdades e princípios do
Estado de Direito. Bem-vindos ao futuro…
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