Foram chumbados, no
Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, dois pedidos de uma investigação
independente ao, mais que certo, ataque com armas químicas perpetrado pelo
regime sírio de Bashar al-Assad. O chumbo deveu-se aos duplos vetos da Rússia e
dos EUA relativamente às propostas apresentadas pelos próprios, cada um vetou a
do outro num passe típico do jogo diplomático. Como é habitual, foi através do
Twitter que Trump comentou o chumbo. Em 140 caracteres anunciou a chegada de
misseis, adjetivando-os de inteligentes, novos e (pasme-se!) simpáticos, os
misseis! Representantes Russos e Iranianos já responderam que responderão a
qualquer intervenção Ocidental na Síria e, enquanto escrevo, as autoridades
aeronáuticas europeias emitiram um aviso à aviação comercial para as
consequências de eventuais bombardeamentos no mediterrâneo oriental. O conflito
Sírio, que dura já há oito anos, parece transformar-se, assim, de um conflito local
com interesses internacionais num verdadeiro conflito à escala mundial. Numa imprudência
a todos os níveis reprovável, os líderes das maiores potencias mundiais
entretêm-se a decidir sobre os destinos do mundo preocupados apenas com a sua
política interna. É caso para lembrar Sá de Miranda e questionar: “que farei quando tudo arde?”.
quinta-feira, 12 de abril de 2018
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário