quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Café Royal CXLIV


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Ao contrário do que seria de esperar, a campanha eleitoral, afinal, foi tudo menos sensaborona. Tivemos um António Costa titubeante entre a ganância da maioria absoluta e as sonsices habituais de quem lhe dói as costas. Um Rui Rio sempre a crescer e uma Assunção a perder a crista. Depois, tivemos essa novela pifara de Tancos: umas forças armadas relapsas, ladrões de pacotilha que se lixam por 34 mil euros, polícias e magistraturas em guerrinhas de manjerona, ministros idiotas que trocam sms inenarráveis com políticos jovens, mas que tresandam a velhas formas de fazer política. Enfim, um retrato exacto do Portugal de hoje. E, não esquecer, a melhor alcunha desde o famigerado “Cherne”, o “papagaio-mor do reino”. Não se pode dizer que não foi divertida, infelizmente é rir para não chorar. A acreditar nas últimas sondagens, Domingo, os portugueses vão indicar a António Costa uma Geringonça 2.0. Até os eleitores do PS não querem uma maioria absoluta e isso devia servir de lição para a direcção do partido. As incógnitas são os novos partidos e o peso do PC. Quanto à direita, mesmo que Rio se aguente, os próximos 4 anos serão de total e completa refundação. Mas, para já, é preciso votar.


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