Votar
Ao contrário do que seria de esperar, a campanha eleitoral,
afinal, foi tudo menos sensaborona. Tivemos um António Costa titubeante entre a
ganância da maioria absoluta e as sonsices habituais de quem lhe dói as costas.
Um Rui Rio sempre a crescer e uma Assunção a perder a crista. Depois, tivemos
essa novela pifara de Tancos: umas forças armadas relapsas, ladrões de pacotilha
que se lixam por 34 mil euros, polícias e magistraturas em guerrinhas de
manjerona, ministros idiotas que trocam sms inenarráveis com políticos jovens, mas
que tresandam a velhas formas de fazer política. Enfim, um retrato exacto do
Portugal de hoje. E, não esquecer, a melhor alcunha desde o famigerado “Cherne”,
o “papagaio-mor do reino”. Não se pode dizer que não foi divertida, infelizmente
é rir para não chorar. A acreditar nas últimas sondagens, Domingo, os
portugueses vão indicar a António Costa uma Geringonça 2.0. Até os eleitores do
PS não querem uma maioria absoluta e isso devia servir de lição para a direcção
do partido. As incógnitas são os novos partidos e o peso do PC. Quanto à
direita, mesmo que Rio se aguente, os próximos 4 anos serão de total e completa
refundação. Mas, para já, é preciso votar.
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