O novo normal
Depois de ter aprisionado a generalidade dos cidadãos e destruído
as bases da nossa economia, quem sabe se permanentemente, o Estado prepara-se
para seguir caminho neste maravilhoso novo mundo da pandemia global, só que
agora com um bocadinho mais de desigualdade. Acoberto do manto da ciência e da
opinião dos “especialistas”, em regime de cerca policial e sob o atento olhar
electrónico do interior de cada telemóvel, o Governo vai designar, arbitrariamente,
é claro, o onde e o como, o quem pode e o quem não pode, do mais básico das nossas
vidas. Novos e velhos, doentes e saudáveis, rurais e urbanos, ricos e pobres, poderosos
e descamisados, os confinados e os de livre trânsito, cada um para o seu lado desde
que todos devidamente mascarados. E a isto, que afinal não passa de ditadura da
higienização e de fascismo sanitário, chamam eles o “novo normal”. O que o país
precisa não é de mais isolamento, mas de mais solidariedade, não é de
confinamento, mas de cuidado. O que precisamos é de proximidade, de afecto, é
de humanismo, não é de autoritarismo. O país não precisa de uma sociedade sanitária,
mas de uma sociedade sã!
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